quarta-feira, 6 de maio de 2009

E SE O QUE DESEJÁMOS... NUNCA ACONTECER?

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Há uma frase em Alta Magia que avisa: «Tem cuidado com aquilo que desejas, porque o teu desejo está na raiz quadrada da intensidade do objectivo». Claro, apenas se conseguires saber como desejar.... eheheheh!
«Desejar» não é simples! Quase ninguém está apto para lidar directamente com os seus sonhos. São apenas ideais, formulações de um mundo imaginário que vivemos na nossa mente, sonhos, ambições, recalcamentos das nossas frustrações que trazemos à tona do nosso consciente, naufrágios das nossas inúmeras tempestades.
O mais irónico é que quando sabemos «construir mentalmente o desejo»... raramente o executamos! É de uma pudicícia extrema. Nem para o mal, nem para o bem. Fica-se numa perspectiva de observador quase impedido do acto por uma qualquer moral geral que entendemos intrinsecamente.
No entanto, todos nós, de uma maneira simples, desejámos inúmeras coisas: ser rico, ter saúde, ou viajar para as Antilhas, e mesmo ter um grande amor, como nos filmes de Hollywood.
Muita das vezes não temos atenção às coisas que realmente «desejamos» inconscientemente e que fazem parte do nosso universo quotidiano.
Porque, por vezes infelizmente, os nossos desejos interiores tornam-se realidades concretas.
Tem piada, porque muitas vezes o que desejamos subconscientemente não corrobora a nossa decisão consciente. Não é nada prático e é vastamente inútil que aconteçam só aquelas coisas contrárias àquelas que previramos nos nossos sonhos.
Então, afinal, o que desejámos? O contrário dos nossos sonhos e ambições. Boicotamo-nos a nós mesmo?
Os psicólogos dizem que a ansiedade é um fenómeno contrário à concretização de um objectivo, por minar o caminho que atravessa. O Taoismo e o Zen dizem igual, que o acto puro descobre a verdade - seja ela o que fôr na sua resolução.
Mas, todos nós, educados e adultos, sabemos que «desejos» são objecto de alterar a Realidade à nossa função de ser e do nosso prazer.
Depende tudo de se achamos que o nosso «SER» merece usufruir esse prazer.
E quando, intrinsecamente, não nos damos essa honra, não concedemos esse desejo e boicotamos a realidade.
É tudo muito estúpido, porque fomos construídos numa cultura de CULPA. Se conseguirmos retirar de nós esse sentimento primevo de nos acharmos sempre maus em tudo que fazemos, conseguimos alcançar alturas sem paralelo.
Para quem quiser subir assim tão alto!
Mas......... para «ver» o quê do Alto? Essa altura pode dar muitas vertigens a quem não estiver preparado.