domingo, 8 de março de 2009

«SEIS CONTOS FRENÉTICOS» de Álvaro do Carvalhal

Para os amantes de literatura - ou os curiosos do saber - o nosso jovem de 23 anos, do século passado, escreveu apenas um livro. Dizem os críticos que recriou em português a literatura frenética de Lewis e Mathurin. Na minha opinião está bastante mais próximo de Lautréamont.
São ficções absolutamente maravilhosas e com uma estrutura literária impecável. É simplesmente brilhante.
O livro é fácil de ler porque os contos são relativamente curtos - menos do que deveriam ser, porque o cavalheiro pega na nossa emoção como bolas de bilhar. E quando joga ao cesto, acerta invariavelmente.
É um desafio desconcertante às análises psicanalíticas.
Está editado pela «Arcadia» nas "colecção da meia-noite" e na «Assirio e Alvim». Absolutamente a não perder.
Um dos poucos malditos portugueses a construir um universo literário de um classicismo deslumbrante.
Quem quiser aprender a escrever leia Álvaro do Carvalhal.