terça-feira, 10 de março de 2009

Cultural Issues

Quem é que hoje leria J.R.R.Tolkien, e os 3 tomos, do Senhor dos Anéis - 500 páginas cada tomo?
Pois fiquem sabendo que eu li em francês porque a tradução portuguesa da Europa/America é uma desgraça. Suponho que teve 3 traductores, um para cada livro... confrangedor. Um trabalho absolutamente deprimente e vastamente insuficiente. Há erros tão crassos de tradução a nível de denominações que nem quero esclarecer aqui. Péssima tradução. Se não sabiam, podiam ter utilizado a língua francesa, bastante mais próxima da portuguesa e não fazer disparates.
A tradução francesa é de luxo - muito embora eu não conheça o texto original em inglês, pode-se ver as diferenças substanciais dos erros de tradução - sublinho a tradução francesa «Christian Bourgois, éditeur».
Claro que toda a gente viu o filme e achou que era uma maravilha. Não obstante, há vastas áreas do texto de Tolkien que não foram aplicadas - por impossibilidades técnicas de tamanho da narrativa. Escolhas feitas pelos realizadores, é claro.
Determina-se muito o texto na medida da sua consequência cénica e no dramatismo, e não na explicação do conteúdo. É comum em realização cénica.
Aliás... isso também é comum na vida do dia-a-dia... por compulsividade psicológica: uma espécie de «segue a matilha».
Seguir a matilha é como conduzir um texto dramático ao seu desfecho. Chama-se: condução da atenção.
Victor Hugo era mestre nessa dinâmica. Conseguíamos ler livros absurdamente longos seguindo-o a todo o momento. Tolstoy também com a sua «Guerra e Paz».
Marguerite Yourcenar também, mas com a brandura das Ladys, e a inteligência superior de uma lésbica. Ela disse, antes de morrer: «quero morrer com atenção apaixonada». Uma SENHORA! Suponho que terá morrido assim, espero! Quanto a mim uma das melhores cabeças do mundo e, a melhor escritora da contemporaneidade!
Mas o meu texto era apenas sobre educação e como a facultamos.
Como toda a gente já se deve ter apercebido temos os professores na rua e os alunos na praia.
O nível educacional é «péssimo».
Não sei se é a transmissão de informação, se os conceitos domésticos de formação das crianças ou jovens adultos... mas o resultado é débil.
Temos pessoas malformadas, desinteressadas e violentas.
Esse não era o nosso plano quando tomámos mãos ao poder.
A nossa geração deve ao mundo um controlo não repressivo e sobretudo não sugestivo. Fomos todos «hippies» e lutámos pelo Flower Power.
Nós todos, Anarquistas, Comunistas, Socialistas, temos que meter na cabeça que governamos! E isso tem que ser feito. E a primeira coisa é a educação dos mais jovens. Eu não falo em condicioná-los - porque não são condicionáveis a não ser pela música e a CocaCola... e os shots (esta é mais moderna e «bate» mais).
Portanto, apontando dedos... qual é o nosso problema?
A pobre desgraçada que aparece é a Ministra da Educação , com aquele «telheiro» como cabelo abundantemente instalado como um «abat-jour».
Mas as designações culturais que foram instituídas foram pelo Sócrates. Aquele moço que não gostava dos homossexuais há seis meses, mas entregou o Teatro Nacional ao seu «grande» amigo, e agora vem defender os casamentos homossexuais. Ainda estou para saber se isso é para ele poder reduzir o IRS.
Porque ele tem reduzido tudo no seu orçamento de recebimentos - alegadamente - ilícitos. Sobretudo os 8 milhões de Euros que foram enviados ao Freeport, quando ele era Ministro do Ambiente.
Voltando ao tema.
A educação neste país está uma miséria e vamos criar uma tribo de pessoas contra isto tudo que vai roubar, matar, assassinar e desperdiçar os nossos recursos!
É necessário pôr mão nisto: EDUCAÇÃO.
Ponham essa Ministra no olho da rua e continuemos com algum «tema» mais sugestivo.