terça-feira, 10 de março de 2009

As pontes não são os rios....


Morre-se devagar neste país
Onde é depressa a mágoa e a saudade
Oh meu amor de longe quem me diz
Como é a tua sombra na cidade
Morre-se devagar em frente ao Tejo
Repetindo o teu nome lentamente
Cintura com cintura, beijo a beijo
E gritá-lo ,abraçado, a toda a gente
Morre-se devagar e de morrer
Fica a cinza de um corpo no olhar
Oh meu amor a noite se vier
É seara de nós ao pé do mar.
(Florbela Espanca)